Monday, June 06, 2005

Diários de Motocicleta

Fim de semana, mais um filme. Dessa vez, Diários de Motocicleta é o escolhido. Longa interessante, porém arrastado. Fiquei me questionando se um cara tão importante como Che Guevara não teria feito coisas mais importantes que viajar por diversos países. Seria bem legal se o fato fosse lembrado por um programa como Globo Repórter, porém o assunto não tinha consistência para ser transformado em um filme de duas horas. Walter Salles quis levantar muitos pontos sobre a viagem de Che e acabou não se centrando em nada.
O final do filme é a melhor parte (não porque acabou), mas por causa da moral da história: Che decidiu ser um revolucionário por causa da viagem pela América Latina. As cenas finais também são bem interessantes porque lembram muito as fotografias de Sebastião Salgado.
Se o objetivo do diretor foi apenas retratar belas imagens, a não indicação ao Oscar de melhor fotografia foi injusta. Porém, se Walter Salles pretendia vencer como melhor roteiro adaptado, ainda bem que existe Sideways.

8 Comments:

Anonymous Anonymous said...

a ideia de mostrar a transformação de uma pessoal da classe média alta diante da desgraça humana é a única coisa que vale neste filme!
só não entendi uma coisa, por que diabos o apelido dele era fuser???
joão

11:54 AM  
Blogger Ariane Lossolli said...

João...
Fuser é a mistura das palavras Furibundo e Serna.
Furibundo = furioso,colérico
Serna = Ernesto Rafael Guevara de la Serna

Comente mais vezes!

7:32 PM  
Anonymous Anonymous said...

Nossa que menina sabida!
Sabe até a origem do apelido dele!

8:24 AM  
Anonymous Anonymous said...

Ariane,
vale a pena pensar o filme por um outro prisma - ele não se resume à viagem do Fuser pela América Latina. Trata-se também - e talvez mais importante - de uma viagem interior, cumprida por um sujeito até então anônimo, que vivia alheio à injusta realidade social vivida pelo continente e que, graças ao contato direto com a diversidade de seus habitantes, acaba deixando aflorar uma necessidade incontida de agir para transformar esse cenário. Na verdade, a viagem completa-se quando ele deixa de ser o Fuser e anuncia o surgimento do Chê. Melhor: o diretor consegue recriar essa transformação de uma maneira muito bela, singela, sem sectarismos ou atitudes politiqueiras ou panfletárias. Por tudo isso, achei o filme sensacional.

2:10 PM  
Anonymous Anonymous said...

O Chico tem razão e além disso escreve muito bem!!!!

10:23 AM  
Blogger Robinson said...

O herói, antes de virar herói... Sempre rende uma estória boa.
Já disseram que há apenas dois tipos de estória:
- a do herói que vive uma situação comum;
- a do tipo comum que vive uma situação de herói.
Curiosidade: Che morreu na Bolívia, país que que está à beira de uma guerra civil justamente por causa das desigualdades sociais. Mais atual que isso, impossível.

1:49 PM  
Anonymous Anonymous said...

eu preciso ver esse filme pra criticar essa crítica!

2:47 PM  
Anonymous Anonymous said...

Imagine.. Eu também não vi e nem por isso deixo de opinar. Afinal, estamos no século 21!

4:05 PM  

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