Thursday, July 28, 2005

Sem seqüência de Dogville e Manderlay, Dogma 95 e Os Idiotas


Lars Von Trier resolver deixar de lado o último filme da Trilogia sobre os Estados Unidos (O primeiro da saga é Dogville e o segundo Manderlay, que tem estréia prevista para esse ano no Brasil) para trabalhar em um filme que segue as regras do movimento Dogma 95.
Para quem não sabe, Dogma 95 é um movimento de cineastas fundado em Copenhagen, em 1995, que tem como objetivo ir contra a tendência do cinema atual. Nesse mesmo ano, Lars Von Trier escreveu um manifesto em que traçou 10 regras sobre como fazer um filme que se encaixe nesse movimento, entre elas que a trama deve ser feita em locais externos, a câmera deve ser usada na mão e é inaceitável a utilização de acessórios, cenografia, iluminação especial, truques fotográficos e filtro.
O primeiro filme que fez parte do movimento Dogma 95 foi Festa em Família, de Thomas Vinterberg, porém o mais conhecido foi o segundo, dirigido pelo próprio Lars Von Trier. Os Idiotas (possível de ser encontrado em VHS em algumas locadoras) mostra um grupo que se reúne para fazer idiotices. O mais interessante do longa é poder observar a reação da sociedade perante certas situações, além de ter um final surpreendente.

Tuesday, July 26, 2005

Desperate Housewives



Segundo a Folha Online, o seriado "Desperate Housewives" foi eleito o melhor programa do ano pela Television Critics Association Awards, em cerimônia apresentada no último sábado, em Beverly Hills.
Na minha opinião, todos os fãs de seriados deveriam assistir a Desperate Housewives, já que o mesmo é uma mistura do humor de Sex and The City (com a diferença de que as protagonistas são casadas, têm filhos e não desejam ser "a" mulher independente) com os mistérios de Lost.
Ah, e é melhor assistir logo, pois setembro é o mês das segundas temporadas mais esperadas do ano: Lost e Desperate Housewives.

Monday, July 25, 2005

11:14

Sabe aquele filme que fica no canto da prateleira da locadora e as pessoas passam longe porque ele não foi recomendado pela mídia e nem mesmo entrou em cartaz no cinema? É o caso de 11:14.
O longa, que foi feito em 2003 e só chegou agora nas locadoras do Brasil, traz Hilary Swank antes do sucesso em Menina de Ouro. 11:14 deve ser assistido por quem gosta de filmes que subvertem a narrativa como acontece em Pulp Fiction, de Quentin Tarantino e 21 gramas, de Alejandro González-Iñárritu. A trilha sonora é bem animada e lembra a dos filmes Kill Bill 1 e 2.
11:14 mostra 5 cinco histórias aparentemente independentes, mas que tem um ponto em comum, além de todas ocorrerem às 11:14. E é essa a surpresa.

Brown Bunny


6 primeiros minutos: nenhum diálogo
15 primeiros minutos: há efetivamente um diálogo
1 hora depois do inicio do filme: Bud finalmente encontra a Daisy e em seguida a cena mais comentada pelos críticos de cinema é transmitida: os 4 minutos de sexo oral
1h28: fim do filme

E antes que pensem: "Nossa, não acontece nada em Brown Bunny!", Eu digo: "Não, nada acontece no filme, mas ele merece ser assitido por 3 motivos":
1) O final é surpreendente (talvez porque não tenha acontecido nada o longa inteiro)
2) Brown Bunny tem uma bela fotografia e, provavelmente, por esse motivo foi selecionado para a mostra competitiva do festival de Cannes.
3) Pelo simples fato de Vincent Gallo ser ator principal, diretor, diretor de arte, diretor de fotografia e roteirista de Brown Bunny. Também por trabalhar na produção, no desenho de produção e na edição, e participar da escolha da trilha sonora e do figurino do longa.

Friday, July 22, 2005

Ray




















A cinebiografia que proporcionou ao ator Jamie Foxx o Oscar 2005 de melhor ator já está nas locadoras. Ray mostra a trajetória do menino pobre que fica cego aos 7 anos e se torna cantor de sucesso ao inventar um novo gênero musical, misturando gospel com R & B. Do Ray Charles viciado em heroína ao mulherengo Ray Charles, tudo é retratado detalhadamente. Ray Charles é um exemplo de vida para todos nós, em alguns aspectos do que devemos e em outros do que não devemos fazer.

Sunday, July 17, 2005

9 Canções

O trio mais famoso da história do rock - Sexo, Drogas e Rock´n Roll – é o tema do filme 9 Canções. Isso porque o diretor, Michael Winterbottom, intercala cenas dos personagens principais usando cocaína, fazendo sexo e indo a shows de bandas como Franz Ferdinand, Primal Scream e Super Furry Animals. A proeza do filme vai além do fato de ele estar sendo exibido em redes de cinema como o Espaço Unibanco mesmo contendo cenas de sexo explícito que poderiam fazer 9 Canções ser classificado como pornográfico. O longa traz uma bela fotografia que lhe rendeu um prêmio no festival de San Sebastian. E, pelo menos por isso, ele merece ser assistido.

Friday, July 15, 2005

Corações e Mentes




















Quem pensa que Michael Moore revolucionou o universo dos documentários por declarar guerra aos EUA, está enganado. Moore teve grande importância para os documentários por proporcionar uma visibilidade maior para o gênero, mas não foi pioneiro em mostrar o lado negro dos EUA quando o assunto é guerra, já que esse era o objetivo de Corações e Mentes, de 1974, que está em cartaz no CineSesc na sua versão restaurada.
O documentário dirigido por Peter Davis é atualíssimo, mesmo tendo como foco principal a guerra do Vietnã, pois mostra que as declarações de Nixon e dos militares que lutaram naquela época têm o mesmo conteúdo que as de Bush e dos militares de hoje, que as imagens da guerra do Vietnã são parecidas (talvez um pouco mais realistas) com as das guerras de hoje e que grande parte da população americana sempre foi e sempre será ensimesmada.
Além de o diretor traçar um panorama histórico, ele mescla imagens, depoimentos e cenas de longas de ficção sobre o conflito. Esse tipo de montagem torna o documentário mais ágil. Vencer e mentir são algumas das palavras mais citadas pelos americanos nos relatos e, sem dúvida, é o que eles mais querem e sabem fazer.

Wednesday, July 13, 2005

Papai Noel às Avessas

Todo os anos, dias antes do Natal, as crianças fazem pedidos para o bom velhinho de barba branca e roupa vermelha. Esse ritual, que faz parte da vida da maioria das famílias de todo o mundo, é tema da comédia Papai Noel às Avessas. Fazendo jus ao nome, o longa traz um Papai Noel (Billy Bob Thornton) que fuma, bebe, é viciado em sexo, odeia criancinhas e tem como único objetivo assaltar os shoppings em que trabalha. Além de desconstruir o mito do Papai Noel, o diretor do filme, Terry Zwigoff, satiriza clichês como o elfo que acompanha Papai Noel e o gordinho sem amigos. Papai Noel às Avessas, produzido pelos irmãos Coen, é um filme que toda criança que acredita no mais famoso símbolo natalino deveria passar longe. Já os adultos, que aproveitem a oportunidade de dar boas risadas com uma comédia sem grandes pretensões.

Friday, July 08, 2005

Aviso!!!!!

Estou escrevendo sobre cinema para o site: www.spiner.com.br/JornalSpiner
Os textos publicados lá são os mesmos publicados aqui, porém com algumas alterações que os tornem menos opinativos.
Se tiver interesse, entre no site.

Wednesday, July 06, 2005

Batman Begins

Em entrevista à revista Época, Sylvester Stallone declarou: "Cada geração quer um tipo de herói de ação e, atualmente, as pessoas estão apaixonadas por super-heróis". Mesmo que essa afirmação seja apenas uma maneira de justificar o fracasso de seus últimos filmes, Stallone tem razão. E a bola da vez é Batman Begins, dirigido por Christopher Nolan, diretor do fantástico Amnésia.
O diferencial de Batman Begins está em sua estrutura narrativa. Até a primeira hora do longa, uma linha mais dramática é seguida. Depois, no desdobramento da história, vira pura ação.
Infelizmente, a idéia genial de retratar aspectos psicológicos de um super-herói e a tentativa de tornar o filme o mais real possível não são suficientes para tornar Batman Begins o melhor da safra dos quadrinhos adaptados para o cinema. Isso acontece porque o filme copia Homem Aranha em alguns aspectos. Bruce Wayne também tem a amiga por quem é apaixonado, mas os dois não ficam juntos por causa da vida que ele leva, B. W. também tem um ente querido que morre e isso o influencia a seguir como super-herói, e os jornais de Gotham também querem a cabeça de Batman. Mas, mesmo que existam várias falhas, ainda não é hora de desistir dos filmes de ação, já que dia 29 estréia nos cinemas um das adaptações mais aguardadas do gênero: Sin City.

Tuesday, July 05, 2005

Nem gravata, nem honra

"Sex in the City do interior" foi como a apresentadora do programa Cadernos de Cinema da Tve Brasil definiu o documentário Nem gravata, nem honra, de Marcelo Masagão.
O longa busca descobrir quais são as diferenças entre homens e mulheres, através da opinião de moradores da cidade de Cunha. Mas é a edição que dá ritmo ao Nem gravata, nem honra. Em certos momentos, as imagens dialogando e as legendas inseridas tornam o filme engraçado, e porque não dizer, mais interessante. A trilha sonora de André Abujanrra também é um diferencial do documentário.
Marcelo Masagão trouxe novas maneiras de se construir narrativas quando dirigiu 1,99, Nós que aqui estamos por vós esperamos e Nem gravata, nem honra e por isso deve ser considerado, pelo menos, uma referência do cinema brasileiro.

Monday, July 04, 2005

Breaking in the waves

Um bom diretor é capaz de tornar um filme, no mínimo, interessante. Mas o resultado é excelente quando esse diretor é o melhor roteirista de drama de todos os tempos. E é o que acontece com Breaking in the waves. No longa, o diretor e roteirista Lars Von Trier leva um dos personagens principais às últimas conseqüências por causa daquilo que nem sabemos definir o que é, mas que foi denominado amor.
A despreocupação com a câmera e os cortes bruscos utilizados em Breaking in the waves se tornam marcas de Lars Von Trier, mas o que o consagra como um grande diretor e roteirista é que, além de escrever histórias surpreendentes e de escolher temas plausíveis, os atores dos filmes de Lars são tão bem dirigidos que é impossível não se emocionar com aqueles personagens que parecem ser reais. Com todas essas qualidades, ainda dizem que Trier só está preocupado em criticar os E.U.A. Vê se pode!

Abaixo a opinião de Caetano Veloso e Luana Piovani sobre Lars Von Trier (tirado da comunidade do Orkut “Lars Von Trier”):
CAETANO VELLOSO: Sou um grande admirador dos Estados Unidos. Gosto muito da história de revolução americana, gosto muito do que os americanos conquistaram e construíram, fico maravilhado com a contribuição dos americanos para a ciência, como o país que acolheu os grandes cientistas, como aquele que, nas suas universidades, deu espaço e motivação para a pesquisa das mais avançadas inovações tecnológicas, desde Edison até ao cara que inventou esses microtransmissores... Então, quando vejo um filme como"Dogville" e vejo que Lars von Trier botou o nome daquele idiota como Thomas Edison, fico com raiva dele. Fez um filme chato e querendo dizer que é uma crítica aos Estados Unidos. Não gosto.
LUANA PIOVANI: Dogville é um saco, não acaba nunca e só ator pode gostar.

Friday, July 01, 2005

Lilo & Stitch

Fãs do filme Lilo & Stitch que se sentiram frustrados com o fraquinho Stitch- O filme já podem se alegrar. O desenho Lilo & Stitch, que está sendo transmitido na tv aberta, é carregado de piadas que só são entendidas por quem assistiu o primeiro longa, além da dublagem dos personagens ser a mesma e da animação ser muito bem feita tecnicamente.
Os personagens mais carismáticos da Walt Disney, Lilo & Stitch, vão ao ar de segunda a sexta, às 11 horas, na Rede Globo.